"Ô de casa..." |
Sob o sol do verão de
Skyrim, Roggvar e Fenrir prosseguiam no caminho à nordeste de Falkreath, no
meio do caminho entre as Pedras do Guardião e a cidade dos caçadores. Haviam
acabado de passar por uma torre controlada por bandidos e precisaram desviar um
pouco do caminho. O caçador estava cansado e com sede, mas seu companheiro o
obrigou a andar mais um pouco, pois ainda estavam perto dos bandidos. Após
caminhar mais um quilômetro e meio, encontraram uma casa que não parecia estar
abandonada, porém não tinha uma viva alma pelas redondezas, salvo pelos
bandidos na torre. Roggvar, com fome e sede, bateu palmas para ver se alguém
abria a porta, no entanto não obteve resposta. Para a surpresa dos dois a porta
estava levemente encostada e Roggvar foi entrando.
"Fenrir se adiantou e salvou seu companheiro." |
- Cuidado! – Ladrou Fenrir,
que instintivamente voou em cima de um orc com uma espada de duas mãos
empunhada. Então, o brutamonte caiu com a mordida que o lobo lhe deu no
pescoço, sem vida.
- Você me salvou de mais uma!
Não sei como não o vi! – Falou o caçador já com o seu arco na mão.
"O botão era bem visível." |
Roggvar e Fenrir deram uma rápida vasculhada na casa e encontraram muitas bebidas e caixas com mantimentos. Fora o bandido, não havia mais ninguém no local. Roggvar, curioso, apertou um botão, ao lado de uma estante, que abriu uma passagem para uma caverna, iluminada com velas e sinais de habitação. Os dois, intrigados, seguiram cautelosamente pela passagem, encontrando diversos sacos de dormir feitos com lã de carneiro pelo caminho. Ao virar em uma curva, se depararam com um bandido de costas para eles. Roggvar sussurrou:
- Fenrir, o que faremos?
"A caverna era habitada e iluminada." |
- Ou você atira uma flecha
em seu pescoço ou eu faço como fiz com o orc lá em cima, o que prefere? –
Perguntou satiricamente o lobo.
- Creio que devemos recuar,
não sabemos quantos pod... – Tentou asseverar o caçador, mas Fenrir investiu em
cima do homem, decepando uma orelha e dilacerando toda a face do homem. Era um
nord, de meia idade, que caiu emitindo um pequeno gemido de dor.
- Por vezes tenho medo de
você – Disse Roggvar, enquanto o lobo lhe dava uma piscadela – Fenrir, não quero
me tornar um assassino...
Então seguiram caminho a
dentro, culminando em uma falsa parede com um
bilhete pregado, Roggvar pegou e leu:
“Vocês
todos foram avisados sobre o que aconteceria se entrassem na minha sala do
tesouro, mas Roars não achou que eu estivesse falando sério.
Agora
ele está morto.
Todos
vocês já tiveram sua parte do tomado, se eu pegar mais algum lambe bosta
tentando entrar de novo, não deixarei que armadilhas os matem.
Farei
tudo eu mesmo!
- Rigel Braço-Forte”
Após ler o bilhete, Roggvar
entendeu o porquê de tantos ossos pendurados no teto da caverna e sangue ao
longo do caminho, aquele parecia ser um esconderijo de bandidos e o chefe deles
era o pior de todos. Fenrir instigou o caçador a continuar e rosnou:
- Desde que você matou aqueles
caçadores você é outro homem, Hircine o fez renascer, você não é mais um
caçador qualquer, agora é um predador. Roggvar o fitou com certa seriedade,
depois sorriu e seguiu em frente, até chegar a mais uma parede com um bilhete,
o qual continha a seguinte frase:
“Vamos lá, não será de todo ruim. Rigel pode ser paranoica, mas ela é burra que nem um mamute! Tem até pelos pubianos parecidos!”
“Vamos lá, não será de todo ruim. Rigel pode ser paranoica, mas ela é burra que nem um mamute! Tem até pelos pubianos parecidos!”
"Rigel, a bandida peluda." |
- Parece que esse era o tal do
“Roars”, ou Roras, não sei como é o real nome dele – falou dubiamente Fenrir
aludindo ao nome que subscrevia o bilhete. Após fazer essa afirmação, uma voz feminina
e grave surgiu por detrás da parede:
- Tem alguém aí? Rhorlak, é
você? Seu maldito, eu avisei que não queria ninguém.... Ei, quem são vocês e o que querem
aqui? Meu tesouro é só meu! – Bradou uma nord, que tinha uma figura bem
assustadora. Ela observou rapidamente lobo e homem, investindo logo em seguida na
direção de Roggvar, com uma espada à mão direita e um escudo na esquerda. O
caçador foi rápido, já estava com seu arco empunhado e o retesou. A flecha
atingiu a mão da bandida, que deixou a espada cair e parou por um momento, mas
sua figura assustadora continuou a investir na direção de Roggvar, com o escudo
levantado, momento em que Fenrir fez pose para atacar, mas o caçador sinalizou para
ele ficar. Outra flecha voou. Agora a mulher estava no chão, inanimada, graças
a uma flecha certeira que acertou pouco abaixo de sua clavícula.
Os dois revistaram a mulher
e acharam uma chave. Havia uma porta que foi facilmente aberta com a chave, mas
Roggvar advertiu Fenrir:
"Com duas flechadas, foi morta pelo caçador." |
- Esta deve ser a sala do
tesouro, mas proceda com cautela, pois deve ser bem guardada.
- Já vi dois ativadores
daqui, um para dardos e outro para lâminas... – rosnou o lobo.
Feito isso os dois seguiram,
evitando os ativadores e conseguiram chegar na sala do tesouro. Era uma sala
não tão ampla, mas possuía alguns baús e um altar com todos os tipos de pedras
preciosas, algumas poções, moedas de ouro, sacos com septims. Roggvar ficou
atônito com tanta riqueza.
"Roggvar ficou rico." |
- Isso aqui deve valer uns
15.000 septims, estamos ricos, Fenrir!
- Só vai servir para você,
eu não vejo utilidade nisso daí.
"Yohoho and a bottle of rum." |
Os dois voltaram para a
casa. Não acreditavam pelo que tinham passado e já estava escuro, preferiram
não sair e passaram a noite dentro da casa. Roggvar estava feliz apesar de
todas as aventuras que tinham passado no dia anterior e bebeu muito vinho,
ficando muito bêbado, enquanto que Roggvar montou guarda na casa e não dormiu. Na
manhã seguinte, seguiu pela estrada para a fazenda de sua irmã. No meio do
caminho pegou alguns coelhos e dividiu com Fenrir. Após três dias de viagem, chegou
em casa e espalhou todo o saco com pedras preciosas e outros bens diante de
Sirja, a qual ficou assustada com tudo aquilo.
"Roggvar mostrando a sua riqueza." |
- Roggvar, você entrou para
a Guilda dos Ladrões? – Perguntou a irmã repreendendo.
- Não irmã – disse Roggvar –
Eu entrei em uma enrascada e tive que matar alguns homens, mas no final o
destino me presenteou com essas pedras!
- Roggvar, você precisa ver
um lugar para vender todo esse aparato e vir em segurança para casa. Ah, já ia
me esquecendo! Papai mandou uma carta, disse que precisar falar com você, vá
visitá-lo quando puder!
- Irei semana que vem, estou
muito cansado da viagem que fiz e preciso contar tudo para você, mas já está de
noite e necessito usufruir de um belo descanso, amanhã contarei tudo. – disse Roggvar
indo para a cama, dormir e Fenrir o seguiu para descansar também.
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