Continuava a caminhava pelas florestas de Skyrim, e,
nesse exato momento, encontrava-me
nos arredores de Riverwood, uma vila que tem como principal fonte de renda o
grande moinho de água localizado no leito do rio. Caminhava tranquilo, com um
lobo abatido no lombo direito e duas raposas colocadas em um saco, uma vez que
sem minha faca de caça não poderia cortar os animais em partes.
Eu me aproximava cada vez mais da vila e de repente
avistei uma situação que me fez andar de forma cautelosa. De início, achei que
fosse uma armadilha, mas logo depois vi um lobo estirado e um pequeno filhote ao
seu lado. Aproximei-me, cautelosamente para que não se assustasse com sua
presença.
Aquela situação me comovia: uma loba morta e
estraçalhada, provavelmente por tigres dente de sabre, e seu filhote sem rumo e
sem destino. Ele parecia estar faminto, salivando, apesar da inquietude
demonstrada. Dispensei um pedaço de carne no chão, o qual foi prontamente
comido pelo pequeno lobo.
Segui meu caminho para Riverwood, pretendia vender as
peles e carnes por lá. Consegui ouvir um arquejo atrás de mim, mas quando olhei
não vi ninguém. Entrei pelo grande arco de pedra e madeira que marca o início
da vila. Parei na única loja situada naquele local, Mercador de Riverwood,
administrados pelos irmãos Lucan e Camilla Valerius.
- Boa
tarde Sr. Valerius, vim oferecer-lhe algumas
peles, e carne também, se quiser. – disse ao mercador.
- Boa tarde, Roggvar – falou Lucan
rindo – e com certeza você vai me vender esse pequeno lobo?
Rapidamente olhei para trás e agora
tinha visto o que me seguia até aqui. Tive um instinto súbito de afastar-me
do animal, mas ele voltou a se aproximar e parecia ser amigável.
- Roggvar, adote-o,
parece que ele simpatiza com você, seria bom ter um companheiro desses por perto,
enquanto alguns possuem um cão de caça, você poderá ter um lobo de caça. –
disse Camilla.
- Verdade, quem sabe, mas
minha irmã não gostaria de um animal desses em casa. – falei olhando para o
lobinho.
- Não precisa se preocupar,
ele parece ser bastante dócil e uma vez que conviva com vocês não terá problema
algum. Conheci uma pessoa que treinou um tigre dente de sabre, na época, eu
morria de medo do animal. – afirmou Camilla, com a testa franzida como se
estivesse forçando a mente para lembrar de algo.
- Cinquenta pelas raposas e
mais cinquenta pelo lobo. – disse em tom incisivo de mercador, como se não
esperasse uma contraproposta.
- Está bem, pela nossa
amizade! – bradei, entregando os animais e recebendo os septims. – Agora irei
embora, vou levar esse lobo até nossa fazenda, duvido que Sirja vá aceitá-lo.
Dito isso, segui até para o caminho
de Rorikstead, onde fica a nossa fazenda. O lobo me seguiu, como eu imaginava.
Existiam problemas pelo caminho, mas ele não estava em condições de enfrentá-los.
Fiquei de olho nele.
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